terça-feira, 26 de maio de 2015

Vingadores: A era de Ultranmmmmmmm MA OE!




*ritmoooooo, é ritmo de festaaaaa*

- Maaaa oooee, boa tarde auditório, minhas colegas de trabalho, agora vamos receber aqui um rapaz que dizem que é muito rápido, ele quer um lugar ali na nossa bancada, vamos ver, vamos ver. Pode entrar: Pietro Maximoff, o Mercúrio!
AVUAAAASH
- OiSeuSilviotudobom?Vimcorrendoassimquemechamaram...
- Maaas ca-calmaa! Fala devagar!
- Desculpa, Silvio. Estou muito neuvosour
- Arrraaae, mas me diga Pietro, de qual caravana você veio?
- Vim com a caravana da Sokovia, Silvio.
- E veio sozinho ou acompanhado?
- Trouxe minha irmã, Wanda - Mercúrio aponta pra primeira fileira da platéia.
Silvio arregala os olhos e diz:
- Essa é sua irmã?? No duro??? Muito bonita! Vem pra cá, vem pra cá você Wanda, vai pra lááá Pietro.
- Mas Silvio eu quero participar do programa!
- Você não é ai todo ligeirinho? Já tá bom de aparecer, Vai pra lá, vai pra láááá.
Silvio segura a mão de Wanda e conduz ela até a bancada:
- Sobe ai filha, você vai ficar no lugar da Helen Ganzaroli, a Maria Hill aqui do SBT, isso, pode sentar entre o Tony Stark e o Carlinhos Aguiar, eles não param de fofocar.
Levantando o tapa olho, ele dá uma última conferida na nova integrante da bancada.
- Olha, assim você pode até participar do Em Nome do Amor, com o nosso companheiro aqui o Capitão Américo, não arranja ninguém a uns 70 anos RÁRÁ HIHI, é ou não é auditório??

*ÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉ*

- Desculpa interromper Seu Silvio..
- QUEM TÁ INTERROMPENDO MEU PROGRA... - Silvio se vira pra ver quem o chamou e vê Bruce Banner - Opaa, é o RRRUQUI! Desculpa viu, fica nervoso não, esse estúdio é novo, quero manter ele inteiro.
- Tudo bem, só queria saber onde tá a Natasha.
- Aaaah ela tá ocupada fazendo campanha pra Jequiti *propaganda subliminar da Jequiti* mas a Mamma Bruschetta veio de cosplay de Viúva Negra, fica a vontade. Ela aguenta até com você verde MA OEEEEEE.
Ao lado do palco, surge Visão, Silvio se dirige a ele:
- Olha ai o rapaz que tá no lugar do Róqueeee. Pra quem não sabe o Roque morreu... maaaas calmaaa ca-calma, eu o ressuscitei e dei uma série de tv, tá felizão. Mas você é o Visão né? Tá carregando essa marreta ai pra que? Vai trabalhar em obra meu filho?
- Não senhor, isso pertence ao Thor.
- E cadê ele?
- Tá no Tentação ainda.
- Vai lá, leva essa marreta pra ele e trás ele aqui. Bom agora fiquem com o recadinho da Tele Sena com o Gavião Arqueiro, MA OEEE.

*RITMOOOO, É RITMO DE FESTAAAAAAAA*

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Testemunhem!




Mad Max: A estrada da Fúria, chega aos cinemas trinta anos depois de Além da Cúpula do Trovão (1985), terceiro filme da franquia, que foi iniciada em 1979. Nessa sequência/reboot (sequência pois continua a história de onde ela parou e reboot pois o elenco foi trocado) Tom Hardy assume o papel de Max Rockatansky. Seco, conciso e monossilábico, assume bem o legado de Mel Gibson, entretanto, quem rouba a cena é Charlize Theron.


Sua Imperatriz Furiosa É a protagonista, mesmo sem ter seu nome no título (motivo pelo qual c e r t a s pessoas ficaram chateadas). Ela, em meio as perseguições no deserto, explosões e tiros, brilha, mostrando força e determinação, mas sútil e emotiva quando necessário, e tudo isso com um braço a menos. Não que Max não tenha sua importância, mas ela é quem move a ação e o enredo, cabe ao Max apenas ajuda-lá, uma subversão dos valores patriarcais da sociedade, e isso é execelente. Furiosa não está sozinha, junto com ela tem várias outras moças (e senhoras rs) que ao seu modo, também são fortes nesse mundo insano.
Falando em insanidade, impossível não destacar Nux (Nicholas Hoult) como um dos Garotos de Guerra, que ao ter seu caminho cruzado por Max, muda seu destino (não literalmente, mas ideologicamente). Um personagem que podia ter ficado avulso e piegas, mas foi bem desenvolvido.


O ritmo alucinante faz com que as duas horas de filme passem voando. Quase não dá tempo de respirar. O enredo é bem simples, uma marca da franquia, mas o jeito que George Miller conduz as cenas, é de encher os olhos. Um balé em alta velocidade no meio do deserto pós-apocalíptico. Acrescente a tudo isso pitadas bem generosas de insanidade e questionamentos do rumo que a nossa sociedade atual segue, tornam o filme incrível.



P.S.: A rumores de que o próximo filme será rodado em São paulo, veja bem, tire o asfalto e substitua por areia, PRONTO! Vira Mad Max! Trânsito caótico e falta de água já temos.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Caçadores do Kikito perdido

Respeita o Fordão!




O suor escorria por sua testa, seus olhos estavam apenas concentrados no alvo a sua frente: um kikito dourado em cima de um pedestal, que se iluminava pelos feixes de luz que adentravam nessa parte da caverna. Sua mão segurava firmemente um pequeno saco de areia, sua respiração era intensa, ofegante. Tinha apenas uma chance de trocar o kikito pelo saco, sem ativar o mecanismo sob o qual tinha sido colocado, que iria ativar algum tipo de armadilha.
Esse tipo de lugar é propício a armadilhas, mal iluminado, úmido, fechado... e claro um ou outro esqueleto empalado em hastes que saiam das paredes, ajudava bastante a crer nisso.
Fez uma última estimativa de peso no saco, pegou um punhado de areia de dentro dele e jogou fora, respirou fundo. Colocou a mão levemente sobre o kikito, e com uma agilidade felina trocou o kikito de lugar com o saco. Ao ver que nada aconteceu, um suspiro de alívio substitui seu semblante fechado, mas sua alegria durou literalmente o tempo de um suspiro.
O saco de areia começou a afundar no pedestal, ativando o mecanismo da armadilha. No mesmo instante as paredes começaram a tremer e o teto a desmoronar. Com o kikito debaixo do braço, sendo besuntado de suor de seu sovaco, apertou bem o chapéu em sua cabeça e saiu correndo. Flechas eram disparadas de ambos os lados das paredes enquanto corria.
Conseguiu sair por um corredor estreito, continuou correndo ainda sentindo a vibração da estrutura de todo o lugar. Ao fazer uma curva quase caiu num fosso, fez um breque violento, quase deixando cair o kikito. Deu alguns passos pra trás, olhou pra frente, e foi neste instante que percebeu: a passagem a sua frente estava se fechando por uma massiva pedra retangular. Respirou fundo e correu para saltar, seus pés tocaram a ponta do solo do outro lado da beirada mas teve que se segurar nos cipós que desciam do teto para não voltar pra trás. A pedra ia descendo e estreitando cada vez mais sua passagem, retomando o equilíbrio deu um grande impulso pra frente e se jogou no chão, rolando pela fresta que restava.
- Ah finalmente... agora tá de boa, o pior já deve ter passado – levantou e bateu a poeira do corpo – e tudo isso por esse kikito, se ainda fosse o troféu imprensa eu até entendia...
O monólogo sem sentido do nosso protagonista é interrompido por um barulho vindo da parte superior do ambiente aonde uma imensa esfera vinha rolando em sua direção. A esfera por sua vez destoava um pouco do ambiente, sendo branca, feita de metal e já um pouco destruída. A única opção que tinha era correr, não havia espaço para se esconder.
Com o kikito firme em uma mão e segurando seu chapéu na cabeça com a outra, ele saiu desembestado com aquela grande esfera vindo em seu encalço. A saída estava próxima, a esfera também...
Com um último sprint chegou à saída e se jogou para o lado, a esfera passou logo em seguida e deu de encontro com uma rocha uns dois metros mais a frente e se espatifou. De dentro dela emergiu para a luz do dia uma lata de lixo branca com detalhes azuis, luzes piscando e fazendo barulhos engraçados. Parecia vindo de outra realidade que não a sua, nunca tinha visto algo daquele tipo.
Aproximou-se cuidadosamente daquela estranha lixeira. Ao chegar mais perto ela parou de fazer barulhos, quando ia tocá-lo com a ponta dos dedos, um holograma se materializou projetado da lixeira. Mais estranho que isso, foi no holograma aparecer uma mulher com um penteado de dois coques laterais, que pareciam grandes fones de ouvido, dizendo:
- Seu safado!! Achou que eu não ia te reconhecer só porque botou um chapéu e se sujou um pouquinho??? Aqui não é bagunça não, se não voltar a-go-ra vai ter que se entender com meu pai!! Se ele quiser, faz você casar A FORÇA!
- Mas eu não conheço vo...
- Não vem com esse papinho pra cima de mim!!! E devolve esse maldito kikito!! Ele pertence a Rainha Axux ,do planeta Soh Nixiab, se ela descobrir que você profanou o templo dela e roubou o kikito ela pousa com uma nave em chamas na sua cabeça.
- Não tô entendendo nada.. isso é algum tipo de gravação?
- Sim.
- Ah... então como você consegue me responder???
- Homens... em qualquer lugar da galáxia são sempre tão previsíveis...

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Entre mentes





Ao abrir os olhos, aquilo que parecia apenas sonho se tornou realidade. Era o primeiro ser humano a ter sua mente transplantada para um corpo  artificial. Havia passado anos estudando a arquitetura mental e como conseguiria replica-lá em uma máquina através de um download de informações. Todas as lembranças guardadas, as emoções vividas, seus desejos mais íntimos, tudo estava lá no seu novo corpo, corpo este projetado especialmente pra ele. Estava cansado de ser baixinho, raquítico, pálido, calvo, um tanto corcunda. Seu forte de fato era aquilo que outrora ocupava sua antiga caixa craniana. Seu novo corpo era alto, atlético, negro como azeviche, robusto e depois de tantos anos perdendo cabelo, agora ostentava um belo black power. Se sentia poderoso, podia fazer tudo que quisesse. Antigamente era desacreditado, ninguém o levava muito a sério ou lhe dava atenção, agora após seu sucesso, as pessoas lhe cumprimentavam, convidavam para jantares da gala, programas de televisão, etc e um dos tópicos que sempre o questionavam era se ele, era ele mesmo. Ninguém se preocupava com os métodos, apenas com resultado final. Foram feitos testes, uma longa conversa com sua mãe, seu pai, alguns pouco amigos próximos, incluindo sua assistente, que passava a maior parte do tempo com ele no laboratório. Certa madrugada, voltando de uma grande festa, onde havia bebido e comido muito bem, chegou em seu laboratório e se sentou em sua cadeira de rodinhas em frente ao computador. Na festa esteve em companhia de uma bela modelo e pegou o telefone de mais três, tirava os papéis do bolso e examinava-os a meia luz. Era como se o mundo finalmente se desse conta de sua existência. Então era assim que as pessoas normais viviam? Era isso que havia perdido por se dedicar tanto a sua pesquisa? Bom, iria aproveitar ao máximo. Olhando ao redor, todos aqueles anos de trabalho enfurnado ali tinham valido a pena. Em sua mesa um punhado de papéis estavam espalhados, algumas correspondências, convites, artigos seus publicados, etc. No meio da bagunça um porta retrato estava tombado, ao levanta-lo viu uma foto antiga de quando ele e sua assistente ainda eram bem jovens. Ver ali sua antiga imagem era repugnante. Aqueles óculos grossos, um sorriso com dentes tortos... agora cada vez que sorria os flash da câmeras captavam a brancura de um sorriso perfeito. Parou para notar sua assistente, fazia um tempo que não falava com ela, uma semana? Duas? Não tinha certeza. Ela havia começado a se comportar de maneira estranha desde que conseguiu trocar de corpo, recusava seus convites, pouco se falavam agora que tinha vários compromissos. Ouviu o barulho da chave na porta. Ela adentrou o aposento.

- Olá, Sara.

- Ai que susto! Não esperava te encontrar aqui a essa hora Ben.

- Pois é, eu vim direto da cobertura do Othon, você devia aceitar meus convites de vez em quando.

- Não gosto de me misturar com essas pessoas da alta sociedade e como eu disse um tempo atrás, hoje já tinha compromisso.

- Ah, deixe de bobeira, o que poderia ser mais importante do que se divertir, comer bem, estar envolvido com pessoas interessantes?

- Aniversário da minha mãe.

- Oh, bom eu me esqueci, você poderia ter me lembrado...

- Eu tentei mas você estava muito ocupado - Sara se virou e pegou uma caixa ao lado da porta.

- O que é isso tudo?

- Minhas coisas, estou indo embora.

- Mas como assim? Sem mais nem menos? Vindo na calada da noite, não ia me avisar? Se despedir?

- Bom da próxima vez que nos encontrarmos na rua você poderia tentar prestar mais atenção e não achar que sou apenas mais uma fã querendo seu autógrafo.

- Eu não lembr... quando? Me desculpe, me desculpe... minha vida está muito agitada, eu.. eu não te reconheci...

- Eu também não te reconheço mais.

- Aaah essa história de novo?! Já não tem todas as provas de que eu, sou eu? Tudo ocorreu perfeitamente na transferência! Você me ajudou, não acredita ainda?

- Muito pelo contrário Ben, tenho certeza que tudo funcionou corretamente, essa ai é sua mente, sem dúvidas, mas não se engane, você não é mais o mesmo - virou e saiu batendo a porta a suas costas.

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