quinta-feira, 26 de maio de 2016

Precisamos falar sobre Warcraft


Dia 2 de junho estréia no Brasil Warcraft - O primeiro encontro de dois mundos, filme baseado na famosa franquia de games de computador da produtora Blizzard Entertainment. O primeiro jogo da franquia foi lançado no longínquo ano de 1994, Warcraft: Orcs & Humans, que era um jogo de estratégia em tempo real. Uma grande mudança veio em 2004 com World of Warcraft, o jogo passou a ser um MMOPRG (Massively Multiplayer Online RPG), angariando cada vez mais fãs a cada expansão lançada.

Esse público que já joga ou que pelo menos já ouviu falar do game está ansioso/empolgado com a adaptação que é uma parceria da Legendary e  Universal Pictures com a própria Blizzard, mas e o resto das pessoas? O público em geral parece não muito disposto a embarcar nessa aventura. A trama segue dois personagens chave, do lado da Horda, o orc Durotan (Toby Kebbell de Príncipe da Pérsia, Quarteto Fantástico), que tenta salvar sua família e prevenir a extinção de seu povo migrando para Azeroth, que tem como maior herói da Aliança o nobre Anduin Lothar (Travis Fimmel de Vikings), que pretende prevenir esta possível invasão.


Anduin Lothar interpretado por Travis Fimmel

Mas não se enganem, o orcs não todos maus, os humanos não são todos bons, como seria de costume na obras de fantasia já consolidadas para o grande público como Senhor dos Anéis e Harry Potter. Nos jogos é possível escolher os dois lados da disputa e o filme promete um bom balanceamento dos dois lados da história. Muito desse equilíbrio se deve ao diretor e co-roteirista do longa, Duncan Jones (Lunar, Contra o Tempo). O filho de David Bowie entrou no projeto, antes encabeçado por Sam Raimi (Homem-Aranha 1, 2 e 3) e logo mudou o roteiro que apenas privilegiava a visão dos humanos estabelecendo os orcs como vilões. Jones é fã confesso de Warcraft e joga desde o primeiro título lançado, então conhece muito bem o material com que trabalhou.


Diretor e co-roteirista de Warcraft, Duncan Jones

Além de uma história fiel aos games, que vai reconfortar até o fã mais hardcore, outro aspecto que Jones exalta de seu filme é a parte técnica. Todos os orcs e criaturas foram feitas por capturas de movimento e era necessário passar uma carga emocional enorme através desses brutamontes, para o público se identificar não só com os humanos. Esse é um ponto fundamental do filme: existe dois lados distintos de uma luta por sobrevivência, onde não há certo ou errado. Por outro lado, o marketing feito até agora, aparentemente não conseguiu atentar o grande público a este fato. Muitas pessoas ainda não entenderam o conceito do filme, que pode afastá-las do cinema ou deixá-las frustadas ao esperarem uma trama mais maniqueísta.
Se o marketing feito deixa um pouco a desejar, Duncan Jones, por outro lado, consegue a cada entrevista mostrar sua euforia e empolgação como fã da franquia, que estava no lugar certo para fazer o seu sonho, e de milhares de fãs, vivarem realidade.

Dito tudo isto, fato é que a permanência da franquia Warcraft no cinema pode ser muito difícil, pois sua estréia nos Estados Unidos está marcada para dia 10 de junho, duas semanas após a estréia de Alice Através do Espelho e uma semana apenas antes de Procurando Dory, duas continuações de enormes sucessos da Disney. Como se não bastasse este calendário, as primeiras críticas que saíram na gringa estão divididas. Tudo que podemos fazer agora é esperar para poder conferir com nossos próprios olhos, e torcer para que o mundo de Warcraft nos cinemas seja mesmo bom, e possa continuar.


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